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domingo, 3 de junho de 2012

Vodca (ou Vodka)

      
        Hoje estamos na quarta (e penúltima) publicação sobre a história da Vodca. Espero que gostem.

CONTRARREVOLUÇÃO

      Os líderes da Revolução Russa condenavam o álcool e mantiveram a lei seca. Produção e venda ilegais de vodca eram crimes graves. Mas, em 1924, o estado soviético retomou a produção, dando início a uma nova era de monopólio. Na década de 1930, o líder soviético Josef Stálin mudou a postura antiálcool com objetivos políticos. Aumentou a produção e permitiu um consumo maior na camada da sociedade mais crítica a ele: artistas, jornalistas, arquitetos e outros profissionais liberais. "Com a ajuda do álcool, tentavam cortar a língua de críticos em potencial", escreveu o historiador russo W. V. Pokhlióbkin no livro Uma História da Vodca.

           O governo conseguiu razoavelmente controlar o mal do alcoolismo nos primeiros anos do regime soviético. Mas aí veio a Segunda Guerra Mundial.

        Em 1943, após a vitória sobre os nazistas na batalha de Stalingrado, o Exército Vermelho passou a dar uma ração diária de vodca aos soldados. No começo, quem não bebia podia optar por chocolate, mas em 1945 o hábito de beber voltou a ser tão comum entre as tropas que recusar a dose podia ser visto como insubordinação. "Toda a população masculina ativa da União Soviética estava no Exército", lembra Pokhlióbkin. Assim, o hábito de beber costumeiramente voltou com tudo. "Em meados da década de 1960, a embriaguez no serviço se tornou um fenômeno cotidiano", escreveu.

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