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domingo, 29 de abril de 2012

UÍSQUE


     Uísque (em inglês whisky ou whiskey, abreviatura de usquebaugh a partir do gaélico uisge beatha) é uma bebida alcoólica destilada de grãos, muitas vezes incluindo malte, que foi envelhecida em barris. Sua graduação alcoólica tem teor de 38 a 54% de álcool etílico em volume a uma temperatura de 20°C, segundo a Legislação Brasileira.
         "Whisky" é o nome geralmente dado à bebida no Reino Unido (incluindo a Escócia), no Canadá e no Japão, enquanto o termo usado nos Estados Unidos e na Irlanda é "whiskey".

Características

         O uísque é uma bebida rigorosamente regulamentada; possui denominações de origem e várias classes e tipos. A característica comum desses diferentes classes e tipos é a fermentação dos grãos e a destilação máxima de 80% de álcool para os de milho e 90% de álcool para os de outros grãos, antes da adição de água, para reter os sabores dos grãos usados para fazer a alcoolização.
        O uísque ganha 60% do seu sabor baseado no tipo de barril usado no seu envelhecimento, por isso a maioria das classificações baseia-se no tipo de madeira usado e na qualidade da flambagem e queima da madeira. Para o uísque Bourbon, por exemplo, é legalmente exigido que se envelheça em barris de carvalho flambados.

TIPOS DE UÍSQUE

UÍSQUE ESCOCÊS

        Malte puro (pure malt) é feito com 100% de cereais maltados provenientes de uma única destilação e, por isso mesmo, pode apresentar sabores diversos de acordo com cada processo.Os puro maltes podem ser engarrafados como single malt, ou seja, destilado em apenas uma única destilaria, ou como vatted onde misturam-se vários uísques de diferentes destilarias. Entre os apreciadores, é comum afirmar que o single malt é um músico solista se apresentando, enquanto o vatted é toda a orquestra tocando junta.
          Blended é feito com uma mistura de destilações diversas calibradas de forma a se chegar sempre a um mesmo sabor para aquele uísque, sendo muito mais barato do que os acima mencionados. Nestes uísques ocorre uma mistura de maltes puros com destilações feitas a partir de outros cereais não maltados como o milho e o arroz. Os blends identificam quase sempre o tipo de uísque que está na base da sua produção, por exemplo, escocês blendado ou canadense blendado.
            Há quatro tipos de uísque reconhecidos oficialmente na Escócia:
          O primeiro deles é o single malt, com registros históricos que datam de 1494. Um destilado exclusivo de cevada, é o tipo mais raro e caro de uísque. Existem 87 destilarias deste tipo em toda a Escócia e cada uma faz um produto diferente. O single malt deve ser tomado puro, sem gelo, e em copos pequenos.
         O segundo tipo de scotch é o vatted, uma mescla de dois ou mais barris de single malts. Antigamente chamado de "puro malte", teve seu nome modificado para não confundir os consumidores. Ovatted deve ser apreciado da mesma forma que o single malt.
      O terceiro estilo é o grain whisky, destilado de grãos, principalmente do trigo, milho e centeio. A produção industrial, mais simples e barata, foi desenvolvida em 1853 pela destilaria Usher's a pedido de clientes ingleses. O grain pode ser tomado em copos de qualquer tamanho, com ou sem gelo.
        O quarto estilo é o blended, o mais popular dos scotches. Ele nasce da mistura de grains e single malts e normalmente possui na sua composição cerca de quarenta uísques diferentes. Oblended standard não tem indicação de idade, mas a bebida só pode ter a denominação de scotch se envelhecer no mínimo três anos em um barril. Hoje, mais de 80% do uísque consumido no mundo é do tipo standard.
       Os uísques single malt e vatted devem ser bebidos puros, gelados ou não. Já os do tipo blend podem ser bebidos puros, com água ou gelo, ou ainda misturados a outras bebidas tais como soda, Rye & Coke ou Rye & Ginger Ale.

UÍSQUE AMERICANO

       Vários tipos de Straight Whiskey, envelhecidos em barris de carvalho novos, como Rye Whiskey, Tennessee Whiskey e Bourbon Whiskey, são produzidos nos Estados Unidos da América.
        Blended bourbon, feito com uma mistura de destilações diversas calibradas de forma a se chegar sempre a um mesmo sabor, produzidos nos Estados Unidos da América, Canadá e Irlanda.
          Uísque leve é um tipo de uísque norte-americano feito quase inteiramente de destilações neutras, com pequenas quantidades (normalmente menos de 5-10% do volume total) de straight whiskey e com ginja adicionada para dar cor e sabor. No caso do uísque, o tempo mínimo de envelhecimento em barris de carvalho é de oito anos. Uma vez a bebida engarrafada o processo de envelhecimento é interrompido.
          Anteriormente, a maior parte do uísque produzido nos Estados Unidos da América era engarrafado in bond, de acordo com os termos de um Ato do Congresso de 1898; esta prática foi largamente abandonada, visto que um dos requisitos do Ato era que o dito uísque fosse produzido com 50% de álcool por volume. Pouco uísque tão forte é produzido atualmente nos Estados Unidos da América, em parte porque o gosto dos consumidores mudou mas também porque um conteúdo alcoólico tão elevado é ilegal em muitos países, o que limitaria a exportação do produto.

OUTROS TIPOS

       Existe também o rye-whisky uma variedade fermentada a partir de centeio e comum nos Estados Unidos da América, Canadá e Irlanda.
          Pure pot still whiskey é feito na Irlanda a partir de uma combinação de cevada maltada e não-maltada.


ALGUMAS MARCAS FAMOSAS
  • Ballatine's
  • Buchanan's
  • Red Label e Black Label (Johnnie Walker)
  • Chivas Regal
  • Jack Daniel's


Mais informações no livro: Bebidas de Todo o Mundo
 Ed. Del prado 18 edição - Portugal
Julio Michelet

Conhaque




Derivado da palavra cognac, é também conhecido como Brandy ou brande. O Conhaque é uma bebida que é obtida através da destilação do vinho, no qual cerca de cinco litros de vinho são necessários para fazer um litro de conhaque. No entanto, pode ser produzido também através da destilação do suco fermentado. As frutas mais utilizadas no preparo do conhaque através de suco fermentado são: maçã, ameixa, pêssego, cereja, amora e damasco. Estas possuem uma coloração mais clara e, na maioria das vezes, são degustados gelados. É uma bebida bastante apreciada após as refeições.

Existem três maneiras de produção da bebida:

Sem envelhecimento - caso típico dos conhaques de fruta, que apresentam tonalidade clara.
Single barrel - conhaques com tonalidade dourada ou caramelo são normalmente envelhecidos em barris de carvalho.
Sistema de solera - alguns conhaques são envelhecidos no sistema de soleira, principalmente os conhaques espanhóis.


Principais conhaques de frutas:


Calvados
É um conhaque feito à base de maçã, de onde se extrai a cidra, que depois é fermentada e destilada. O processo de produção do calvados ocorre da seguinte maneira: após a colheita das maçãs, as frutas são cuidadosamente lavadas e amassadas até formarem um mosto, de onde é retirado o sumo da fruta. Esse mosto fica em processo de maturação por um período de seis semanas, nas quais o açúcar é transformado em cidra. A fermentação é natural. Quando a cidra já está pronta, ela é armazenada em barris de carvalho, permanecendo neles por um período de seis meses a um ano. No final do processo, a bebida é destilada. Bebida de origem francesa.

Kirschwasser 
É de origem alemã, feito à base de cereja. É uma bebida resultante da destilação de suco fermentado de uma cereja negra, típica da Alemanha. Ao contrário dos licores de cereja, não é doce. Faz ainda parte de fondue de queijo. Em alemão "Kirschwasser "significa “Água Cherry” - sendo muito popular na Alemanha e a Suíça. É produzida através de um processo de destilação duplo do sumo de cereja preta. Apresenta um paladar refinado, com um sabor subtil da cereja. A “Kirschwasser” é tradicionalmente servida fria em pequenos copos como um aperitivo antes do jantar.

Slivovitz
Outro conhaque de frutas é o Slivovitz, feito à base de ameixa. É um nome geral para uma aguardente de frutas tradicionais, ou rakia, que deriva da palavra eslava “slivka”, ou “ameixa”. Slivovitz é também conhecido como slivovka, slovovica, slivovitsa ou tuica, dependendo do idioma. É amplamente feito em casa, na Europa Central e Oriental e é a bebida nacional dos Balcãs. Embora outras frutas são usadas ocasionalmente, o melhor slivovitz é feita com as ameixas completamente maduras colhidas no Outono. Consumido como um aperitivo, seu conteúdo de álcool muitas vezes superior a 51 por cento. A produção de bebida alcoólica destilada por particulares é ilegal nos Estados Unidos.


Beba com moderação!!!!

Fontes: 
http://revistaadega.uol.com.br
www.garrafeiranacional.com
http://www.vinhosnet.com.br
http://www.casadabebida.com.br

domingo, 22 de abril de 2012


Cachaça


Atualmente a cachaça é a segunda bebida mais consumida no Brasil, perdendo apenas para a cerveja. É, também, a terceira bebida destilada mais consumida no mundo, superada pela vodka e pelo soju (bebida de origem coreana bastante difundida no oriente).

* Existe um decreto, publicado no Diário Oficial, que determina que apenas produtores estabelecidos no Brasil podem vender a verdadeira cachaça, a cachaça brasileira.

* Você sabia que em Minas Gerais existe o dia estadual da cachaça? É comemorado no dia 21 de maio. De acordo com a Lei n° 1.949, nessa data, durante as cerimônias oficiais do governo, é recomendado servir aos participantes cachaça e pão-de-queijo, um belo par!

* Existem mais de 5 mil marcas de cachaça no Brasil e elas têm mais de 1. 500 apelidos! Entre eles estão: abençoada, branquinha, acaba-festa, meu-consolo, não-sei-quê, quero-mais, arrebenta-peito, azarenta, bicho-bom; birinaite, catinguenta, cheirosinha, carinhosa, enrola-chifre, mata-o-velho, sossega-leão, tira-frio, virgem-afamada e xixi de anjo.

* José Moisés de Moura entrou no Guiness Book, o livro dos recordes, por ter o maior acervo de cachaças. A coleção, que inclui cerca de quatro mil marcas de cachaças e centenas de objetos relacionados ao tema, fica no município de Lagoa do Carro, em Pernambuco.

* Qual a origem do nome? Não se sabe ao certo qual a origem do nome “cachaça”, mas alguns acreditam que ela vem do castelhano "cachaza" que significa vinho de borra. Outros acham que é de origem africana. Silveira Bueno, em seu Dicionário Escolar da Língua Portuguesa diz: "Cachaça era sinônimo de porco (cachaço) e de porca (cachaça). Com a carne dura, molhavam-na com aguardente para amaciá-la. Passando assim, o nome de porca (cachaça) a significar aquela aguardente que hoje todos conhecemos com o nome de cachaça.”



A cachaça é boa companhia, que se degusta sem pressa
enquanto a alma confessa segredos em terapia.
Beba com Moderação

sábado, 21 de abril de 2012

Tequila


Arriba!!!!!!


         Depois de todas essas bebidas maravilhosas, chegou à vez da Tequila. Essa bebida destilada, mundialmente famosa, é de origem Mexicana.

Senta que lá vem história...

Era uma vez num reino distante...

Ah, não!! Essa é outra história.

A Tequila é produzida a partir de uma planta chamada Agave Azul. Ao contrário do que a grande maioria pensa, essa planta não é um tipo de cacto. Então, não adianta sair correndo, comprar um daqueles cactos e cultiva-lo com todo amor e carinho.

Essa planta, quando cultivada em local específico, com condições de solo e clima adequados forma um caule suculento que é chamado de pinha. O consumo puro dessa pinha não é recomendável, pois se trata de uma planta venenosa. Porém, com a forte concentração de açúcar, possibilita a destilação para a produção de aguardente.

        O nome Tequila foi dado em homenagem ao vale onde ela foi originalmente produzida, na região de Jalisco.  

Processo de fabricação...


        O processo de fabricação da Tequila começa com o cozimento das piñas em fornos que tem ação semelhante às panelas de pressão, para posteriormente serem trituradas em grandes moinhos e são levadas para a fermentação. Aqui se inicia o processo de diferenciação da Tequila. Caso ela seja 100% agave, apenas a piña fermenta. Para os outros tipos (blanco e reposado), que não são “puros”, adicionam-se cana de açúcar de várioas famílias para que os açucares se misturem e a transformação em álcool etílico ocorra. Chega o momento do alambique, onde o preparado é aquecido à altas temperaturas, evaporam-se e condensam-se e temos a tequila.

       Assim temos três tipos de Tequilas:

·         Blanco: é uma tequila obtida após a segunda destilação. É a bebida de sabor mais puro e sua coloração é branca, semelhando a água.

·         Reposado: é a tequila conservada de dois meses a um ano em barris de madeira. Tem a coloração levemente escurecida e um sabor ligeiramente mais suave. É o tipo de Tequila mais consumido.
·         Anejo: é o tipo de tequila que repousa mais de um ano no mesmo barril. Sua cor é mais escurecida do que a cor da Tequila Reposado, e o sabor de madeira é mais marcante. É uma bebida indicada para os iniciantes do mundo da tequila.

Principais marcas:
Jose Cuervo.                                                        Gran Patrón Burdeos


Patrón                                                                                 Ley 925    

Lembrem-se:
Tequila é bom, mas com responsabilidade. Não vai beber horrores e depois sair por aí achando que o Ligeirinho. #ficaadica






Fontes:  Coquetelando
              Makro SpecialE
Fotos: Google imagens


domingo, 15 de abril de 2012

Caipirinha,
Sabor brasileiro que ganhou o mundo 


       A Caipirinha é uma das bebidas brasileiras mais conhecidas internacionalmente.
É feita com cachaça, limão-taiti não descascado (ou outra lima ácida verde), açúcar e gelo.
No Brasil, é servida na maioria dos bares e restaurantes.


Origem e Evolução

       Pouco se conhece sobre a origem da caipirinha. Muito provavelmente, a mistura da cachaça, limão amassado com casca e mel nasceu no interior de São Paulo, sendo considerada um poderoso remédio contra a gripe, a partir daí mudou-se o mel para açúcar e acrescentou o gelo. O próprio nome, "caipirinha" alude à origem caipira. 
        Em outros lugar do Brasil o aparetivo recebe nomes diferentes. Da fórmula original, consideram um clássico da coquetelaria internacional, apenas o açúcar e o gelo permanecem intocáveis.
A receita vem ganhando novos sabores e novas cores, com ingredientes cada vez mais surpreendentes.


        O limão vez por outra cede lugar a frutas tradicionais, como o morango, o maracujá ou a lima. Alguns barmen recentemente têm criado outras receitas de "caipirinhas", e hoje já  se podem provar caipirinhas de saquê com lichia ou de carambola com manjericão. Até a laranja e a jabuticaba, geralmente desprezadas, são lembradas. Virou moda também juntar duas, três ou até quatro frutas no mesmo copo. Bom exemplo é a caipirinha de frutas vermelhas, uma combinação de amora, morango e framboesa.







       O drinque é servido em um copo para caipirinha, podendo ser acompanhado de um pequeno canudo ou palitos de madeira. Tradicionalmente, a caipirinha é feita no copo em que é servida. Apesar disso, é comum o uso de coqueteleira para a mistura dos ingredientes.






Caipirinha no Brasil e no mundo

         Gozando de grande popularidade mundo afora, inúmeras variações dessa bebida são conhecidas. Em algumas regiões, açúcar mascavo é usado em vez do refinado. 
          Mesmo no Brasil, podem ser encontradas variantes com adoçantes artificiais ou com uma grande variedade de frutas. Além disso, a cachaça algumas vezes é substituída por vodca (caipiroska, marca registrada pela Smirnoff), Licor Beirão (conhecido por caipirão), rum (caipiríssima, marca registrada pela Bacardi), ou Steinhäger (caipinheger). "Caipirinhas" de saquê (saquerinha) ou vinho (caipivinho) também são feitas. Em Cabo Verde, a caipirinha é também preparada com grogue, um rum forte local.
          Na região Sul do Brasil, mais especificamente na cidade de Maringá, a caipirinha recebe o nome de chimboca e difere da original por ter menos açúcar e menos aguardente.




Fonte conteúdo: pt.wikipedia.org
Fonte imagens: google.com


sábado, 14 de abril de 2012

Absinto - A Fada Verde


Absinto


       
         O absinto é uma bebida destilada feita a partir da erva Artemisia absinthium (responsável pela polêmica em volta do absinto, por conter substâncias alucinógenas) . Por vezes, Anis, funcho e outras ervas compõem a bebida. Foi criada e utilizada primeiramente como remédio pelo Dr. Pierre Ordinaire, médio francês que vivia em Couvet, na Suíça por volta de 1792. 

          O absinto foi especialmente popular na França, sobretudo pela ligação aos artistas parisienses de finais do século XIX e princípios do século XX, até a sua proibição em 1915, tendo ganhado alguma popularidade com a sua legalização em vários países. É também conhecido popularmente como fada verde (La Fée Verte) em virtude deum suposto efeito alucinógeno. Gênios e loucos eram amantes da bebida, Van Gogh, Picasso e Hemingway, sentavam-se a mesa de cafés para apreciar a mágica bebida verde. 

        A simples mistura com água ou álcool, das ervas que compõem o absinto, resulta num líquido extremamente amargo, com teor alcóolico, podendo variar de 50% a 90%. Essa mistura amarga, ao ser destilada, adquire um sabor agradável, marcante. Seu aroma remete ao anis, à losna e outras ervas aromáticas. Tem geralmente uma cor verde-pálida, transparente ou, no caso de envelhecido, castanho claro.



        Para apreciação de novos odores, era servido com torrão de açúcar e láudano, este último um opióide. Sem o láudano, atualmente pode ser consumido com água que reduz a graduação alcoólica da bebida. Desta forma, sobre o copo com a bebida é colocada uma colher perfurada que sustenta o torrão de açúcar, e por onde passará a água gelada que será vertida lentamente sobre o torrão.


           Na Europa do início do século XX, o absinto era considerado uma droga de massas, levando a população ao alcoolismo, e segundo médicos da época, ocasionando outros problemas de saúde inclusive mentais, tais como: epilepsia, suicídio e loucura. A bebida começou a ter conotações negativas devido à sua popularidade, apesar de não ser diferente de qualquer bebida alcoólica.

          Em 1908, por plebiscito popular, foi proibido na Suíça, onde 63.5% dos eleitores apoiaram a proibição, que foi sancionada em 1910. Outros países a seguirem e em 1913 os Estados Unidos e quase toda a Europa haviam adotado a proibição. Apenas na Espanha, Dinamarca, Inglaterra e em Portugal ainda era permitido o consumo, mas só se a bebida fosse produzida com quantidade limitada de tujona. 



            Hoje se sabe que os efeitos supostamente alucinógenos da bebida nunca foram comprovados, e o absinto é considerado perfeitamente normal para o consumo. Este fato levou muitos países a liberaram a produção, venda e consumo do absinto, como vários países da Europa, Estados Unidos e Brasil.

            Em 1999 no Brasil, foi trazida pelo empresário Lalo Zanini e legalizada no mesmo ano, porém teve de adaptar-se à lei brasileira, com teor alcoólico máximo de 54°GL.


Fonte:

http://revistaadega.uol.com.br/Edicoes/7/artigo16707-1.asp

http://mundodaisa.fashionblog.com.br/11514/Absinto-A-bebida-magica-da-Fada-verde/

sábado, 7 de abril de 2012


Gin e Genever/Dutch Gin  (Genebra/Gin Holandês)



     O Gin é uma das mais famosas bebidas do mundo.Foi no século XVII que o Dr. Franciscus de la Bõe, conhecido por Dr. Sylvius, surgiu com uma receita de Gin. Chamava-se Geniévre e era utilizado apenas como um produto medicinal barato e de ótima qualidade diurética, devido à utilização do Juniper Berry (zimbro).
     Através da combinação do espírito obtido com adição do zimbro, foi considerado pelos holandeses como um tónico purificante para conservar a boa saúde. Foi adotado pelos holandeses como Genever, nome que ainda hoje usam e que é apenas a palavra holandesa que traduz juniper.
        No reinado do rei britânico Guilherme III, a Genever foi introduzida na Inglaterra. Inicialmente, foi apenas chamada Hollands e foram as tropas britânicas que começaram a chamar Gin à Genever, como abreviatura. Tudo isto se passou em pleno século XVII.
        No século XVIII, no reinado da rainha Ana, os produtores britânicos de Gin tiveram uma ajuda preciosa: maiores taxas nas bebidas importadas e alívio sobre as bebidas britânicas. Esta medida serviu de incentivo e foi a partir dessa altura que os ingleses, já rendidos às qualidades do Gin o adotaram como bebida nacional.
      Por ser fácil de fabricar, o Gin foi durante muitos anos produzidos ilegalmente. Apenas uma firma detinha o monopólio da sua produção. Considerada uma bebida para os pobres e ao mesmo tempo produto medicinal.
      Todo e qualquer cidadão britânico estava autorizado a produzir e comercializar a bebida feita com os grãos.
     O consumo da bebida crescera tanto que o alcoolismo era cada vez mais comum, abalando, inclusive, a própria economia. Além disso, houve aumento da criminalidade e da necessidade do aumento dos serviços públicos de saúde.
     Foi decretado em 1736 por Gin Act, que as severas restrições aos produtores e comerciantes de Gin, receberiam rigorosas punições aos contrabandistas e maior vigilância sobre as vendas para que a bebida melhorasse a qualidade, com a finalidade de conseguir que ela fosse mais natural. A cada passagem de um rei, foram instruídas essas medidas para que a situação começasse a melhorar. Seguindo esse processo a bebida foi sendo mais refinada, portanto sendo eliminados os sabores fortes e doces, deixando-o puro e neutro.
     O nome Gin vem das palavras geniève (francesa) e genever (holandesa), que significam zimbro.
         A bebida tinha tanta apreciação que era receitada nas farmácias às mulheres como relaxante para os nervos. Por este motivo o Gin teve também diversos sub-nomes: "A Delícia das Senhoras" ou "A Ruína das Mães". 

Tipos de Gin
  • London Dry Gin: O mais famoso e vendido em todo o mundo. É muito seco e apresenta-se incolor.
  • Old Tom Gin: O famoso "Tom Collins" era, inicialmente, feito com este tipo de Gin que é adocicado. Difícil de ser encontrado, por estar quase extinto.
  • Plymouth: É um Gin seco e incolor que durante muitos anos foi o Gin preferido da marinha inglesa. Tem um aroma mais acentuado do que o London Dry Gin.
  • Sloe Gin: A este Gin, depois de destilado, é adicionada uma infusão de ameixas bravas (sloeberries) que lhe dá um sabor diferente e o torna avermelhado. É, normalmente, envelhecido em cascos de madeira e sua graduação alcoólica é de 27º aproximadamente.
  • Genever/Gin Holandês: A Genever deu origem ao famoso Gin, pode também ser rotulada de "Hollands" ou "Schiedam" (nome da cidade onde predomina a sua produção). 
            Existem pelo menos, quatro versões de Genever:
    • Jonge (Young/Nova): Apresenta-se incolor e suave, é a mais popular.
    • Onde Jenever (Old Genever/Velha): Este tipo de Genever tem um tom ligeiramente amarelecido, devido a um curto período de envelhecimento.
    • Citronengenever: É uma Genever com sabor a limão bastante acentuado. A sua cor é amarelo-limão. Deve beber-se muito fria.
    • Bessen Genever: Suas características assemelham-se a um licor. A cor é vermelho-escuro, semelhante a um cherry brandy e é bastante espessa. Deve beber-se fria, tal como todas as Genevers.
Produção da Genever
        Produz-se a partir de cevada maltada e partes iguais de milho e trigo. Esta mistura de cereais é fermentada e em seguida destilada, em sistema Pot Still. Da primeira destilação obtém-se um espírito a que os holandeses chamam "Montwiju" (vinho de malte) e que serve de base aos vários tipos de Genever com qualidade. Na segunda e terceira destilação são-lhe adicionadas plantas aromáticas e quase sempre Alcaravia (Caraway).

Produção do Gin
     O Gin é produzido a partir de vários cereais: milho, trigo, cevada e centeio. Pode incluir melaço e arroz. São adicionadas bagas de zimbro (elemento indispensável à quase totalidade dos Gins).

Destilação/Purificação
      Misturam-se os cereais até ficarem numa massa que é depois cozida e fermentada. Em seguida faz-se a destilação no sistema Patent Still ou Coffey Still que deve, no mínimo, ter três colunas. A primeira destilação destina-se a purificar o espírito obtido, que é incolor inodoro e muito forte (totalmente neutro). Adicionam-se várias plantas aromáticas (Botanical Plants). É colocado num Pot Still e redestilado para obtenção do aroma ou paladar desejado.
     O método mais rápido para aromatizar o Gin (usado por alguns produtores) chama-se "Mistura Fria" e consiste em adicionar os aromatizantes a uma pequena porção de espírito neutro para obter uma mistura concentrada a que se dá o nome de "essência". Esta essência é exportada para países que fabricam Gin, sob licença, e em cujo rótulo apareça a designação "destilled Gin".  

Envelhecimento
    Normalmente, os Gins não são envelhecidos. No entanto, nos Estados Unidos da América, o Gin é envelhecido em cascos de madeira, obtendo uma cor amarelo-pálido (Golden Gin). 

Engarrafamento
      Quando se engarrafa o Gin adiciona-se água destilada, para reduzir o teor alcoólico do Gin. A graduação alcoólica do Gin é de 40º. Na Alemanha a denominação do Gin local é "Wacholder". Trata-se de um espírito neutro, obtido da mesma forma e aromatizado com Juniper Berry (Baga de Zimbro). O Steinhager é o Gin mais conhecido na Alemanha e é produzido na própria cidade Steinhagen, na Westphalia, tendo um forte aroma, devido a baga de zimbro que é fermentada ao mesmo tempo que outros cereais e não adicionada.

http://www.gastronomias.com

sexta-feira, 6 de abril de 2012

Rum

    Nos princípios do século XVI surgiu o primeiro rum destilado a partir da cana-de-açúcar. Existem várias histórias e lendas sobre o rum que envolvem os piratas da época.
       Alguns "experts" na matéria defendem que a palavra rum deriva de Rumbullion ou Rumbustion. Expressões usadas, na gíria, pelos ingleses para descrever os excessos provocados pelos bêbados. Outros afirmam que a palavra rum tem origem latina, saccharum (açúcar).
    No século XVII, o rum era já muito conhecido, sendo considerado como uma bebida medicinal que curava todas as doenças e expulsava os "demônios" do corpo.
        Em 1775 o rum era a bebida mais vendida na América, o consumo anual per capita era de aproximadamente 18 litros. Esta bebida alcoólica obtém-se por destilação, após a fermentação do sumo fermentado da cana-de-açúcar, xarope de cana ou melaço. Quando se produz à base de sumo de cana, considera-se que o processo é agrícola. Sempre que são usados o xarope de açúcar e o melaço, o processo é considerado industrial. As folhas são retiradas à cana-de-açúcar e esta é esmagada. Ao líquido obtido após a filtragem chama-se "Congeners" ou "Vesou".
  • Processo agrícola
        A fermentação dura de 24 a 48 horas para o rum do tipo branco e pode durar algumas semanas no caso do tipo escuro. Este processo consiste na adição de leveduras e água ao "Congeners".A destilação faz-se num alambique de processo de fogo contínuo quando se trata de rum branco Dry ou Light e em Pot Still se for um rum escuro.Dá-se o nome de "Grappe Blanche" ao líquido obtido pelo processo (Patent Still) fogo contínuo.
  • Processo industrial
       O tempo de duração da fermentação é idêntico ao do processo agrícola. Nesta fermentação adiciona-se uma substância que é formada por resíduos que são sobras do alambique. Estes resíduos são semelhantes às leveduras que se usam nos Sour-Mash Whiskeys.
       No processo industrial o rum tanto é destilado em Pot Still como em Patent Still. O sistema Pot Still usa-se quando se pretende fabricar rum com melhor qualidade. Pois, este processo permite reter as qualidades aromáticas do rum e ao mesmo tempo dá-lhe uma maior maciez.
  
Cor/coloração
      O processo de coloração usado para o chamado "Rum Negro" consiste na adição de xarope de cana-de-açúcar queimado e caramelo ao espírito já destilado.

Mistura/Blendagem
       Tal como os whiskeys, o rum também pode ser misturado com outros tipos, especialmente o rum negro, que inclui rum destilado em Pot Still e em Patent Still.

Envelhecimento
       No envelhecimento do rum do tipo branco Light/Dry usam-se barris novos ou sem qualquer tratamento especial. Nos do tipo negro utilizam-se barris previamente queimados, chama-se a isto sistema jamaico.
O período de envelhecimento do rum varia entre três a cinco anos no caso dos brancos e de três a quinze anos no caso dos negros. No entanto, nenhuma lei obriga a que a idade do rum seja mencionada no rótulo.


Fonte: http://www.gastronomias.com